Quimeras

Posted: domingo, 28 de outubro de 2012 by O Blog dos Poetas Vivos in Marcadores:
0


nosso o amor cravado à carne
é yarabé, paranã
Tua presença, angatu
está em minha alma
antropofagica
e para além
das primitivas quimeras
e memórias de cunhatã

resta somente nheengatu
e o som da maraca
que te transpõe em mim
-quem me dera!

quimera eu, quimera tu
e tudo aquilo que brota dos dois
quimera a rota do abismo
que desfalece em nós
quimera é o por do sol
que nasce na gente
awere
quimeras potências
quando a noite cai e
quimeras todo o suor se irradie
em sal sadia semente

quimeras só se afogar
em fluído fecudante
awere
quimeras estar com o mar
e andar sobre as ondas
quimeras simplesmente
como as ribeirinhas águas
sem medo quimeras
entregar o doce natural
awere

quem dera ser apenas
amor e arte