A liberdade e a Disjunção Exclusiva

Posted: quinta-feira, 29 de abril de 2010 by O Blog dos Poetas Vivos in Marcadores: , ,
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Estes tempos ocuparam minha alma com algumas reflexões. Inúteis, é certo, mas não menos curiosas.

Tenho verificado que, na maioria das vezes, o avançar da história nos proporciona simplesmente uma inversão de vias, de tal modo que as possibilidades se nos apresentam em disjunção exclusiva. Explicarei:
Antigamente, os pais chegavam aos filhos e diziam: "És homem, fumemos juntos teu primeiro cigarro". Hoje, entretanto, com o avanço da história e o progresso da humanidade, o pai diz ao filho: "És homem. Pega este charuto e enfia no cú.". Ou seja, houve época em que fumar era bonito e ser viado era feio; hoje é o contrário. Até certa época eu só era livre para foder meu pulmão, hoje só posso foder me ânus. Eis a disjunção exclusiva.
Considerando o contínuo ascender da raça humana, verificado claramente no aperfeiçoamento técnico, deveríamos alcançar a liberdade em disjunção não-exclusiva, de modo que fosse lícito e digno de respeito dar o cú fumando.

Exemplo da diferença entre as disjunções exclusiva e não-exclusiva:

Considere que:
D = Dar o Cú
F = Fumar

Disjunção Exclusiva:
(D v F) então (~D ^ F) v (D ^ ~F)
Trad. Se dou o cú ou fumo, então, ou não dou o cú e fumo ou dou o cú e não fumo.

Disjunção não-exclusiva:
(D v F) então (~D ^ F) v (D ^~F) v (D ^ F)
Trad. Se dou o cú ou fumo, então, ou não dou o cú e fumo, ou dou o cú e não fumo ou dou o cú e fumo.

Todos concordam que, em se tratando de liberdade, o segundo caso melhor nos contempla.


André Prosperi